segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Há limitações e controle em tudo, então, existe a liberdade? Ou a felicidade total? Rousseau disse: "O homem nasceu livre, e em todos os lugares ele está acorrentado." Até onde isso é verdade?

Não há limitações e controle em tudo. Há em alguma coisa e em outras não. Depende de onde se vive. Claro que tem que haver limitações no sentido de não se permitir que se cause prejuízo e mal nenhum aos outros. Mas isso não é uma limitação à liberdade, pois não se pode ter a liberdade de fazer o mal mesmo. Se, em um lugar, é permitido se fazer tudo o que não seja prejudicial aos outros, pode-se dizer que há liberdade total. Há lugares assim e é preciso que o mundo se esforce para que todos os lugares sejam assim. Que em nenhum lugar não se possa fazer algo que não cause prejuízo a ninguém. Restrições à liberdade existem, principalmente, em lugares em que a sociedade toma por lei os preceitos religiosos. As religiões, em geral, apesar de terem algo de bom, no global, são muito maléficas, pois estabelecem muitas restrições completamente descabidas. A sociedade precisa se libertar delas. O que não impede que se creia em Deus ou na imortalidade da alma. Mas isso pode se dar sem que se seja filiado a religião nenhuma. É preciso um esforço mundial para mudar essas concepções em muitos países que ainda as têm, como os islâmicos. Quanto à felicidade, acho que se uma pessoa se sente completamente realizada, se considera que sua vida está sendo significativa e valiosa, então pode ser completamente feliz. Para tal tem que ser uma pessoa totalmente liberta dos grilhões impostos pelas convenções descabidas. Uma libertária. Senão não poderá ser feliz. Mas, se for assim, poderá ser feliz, mesmo vivendo em um lugar preconceituoso. Basta que afronte a tudo. Esta questão do acorrentamento é muito subjetiva. A sociedade pode impedir muitas ações, mas não pode impedir o pensamento. E todo mundo pode libertar o seu pensamento de qualquer amarra dogmática. Então, interiormente, será sempre livre, mesmo que acorrentado e impedido de agir em função dessa liberdade. Mas pode agir, se estiver disposto a sofrer as consequências, até mesmo, morrendo. Muitos o fizeram e, com seus atos, contribuíram para a libertação de outros.

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