quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Pra querer fazer psiquiatria, tem que ser um pouco louco?

Claro que não. Mas é bom que seja. Pelo menos no sentido de não ser uma pessoa quadrada, isto é, uma pessoa que não admite nada fora dos padrões conservadores da sociedade. Para ser psiquiatra tem que entender a humanidade das pessoas e isso não é o que se prega como o padrão estereotipado. O ser humano é muito mais complexo e o que o move a pensar e agir são pulsões profundas que, muitas vezes, são rejeitadas pela sociedade como inadmissíveis. Mas estão presentes e são muito fortes. Muitas vezes uma dita "loucura", não é patologia nenhuma, mas apenas uma reação ao recalque de desejos inconfessados, que poderiam ser confessados e realizados, desde que se admitisse a sua validade. Acho muito bom que pessoas se debrucem sobre tais aspectos. Também acho que todo psicólogo tinha que ser psiquiatra e todo psiquiatra um psicólogo. Não deveria haver separação entre essas atividades. Psicologia, para mim, é parte da medicina mesmo, apesar da opinião contrária de maioria dos psicólogos. Psicanalista tinha que ser médico. E para mim, muito entendido de neurologia também. Não há como escapar de constatação de que o psiquismo advém da atividade neurológica. Acho que muita gente acaba fazendo psicologia porque não tem capacidade de passar em um vestibular de medicina. Mas acho que todo psicólogo, primeiro, tinha que ser médico e psiquiatra. Como todo licenciado tinha que ser, antes, bacharel. Licenciatura tinha que ser uma complementação ao bacharelado.

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