terça-feira, 9 de outubro de 2012

Recentemente li um artigo sobre o desempenho de alunos "cotistas" em uma federal. Ficou claro o mau desempenho destes alunos na área de exatas e biológicas. O senhor acredita que o sistema de cotas pode atrasar o desenvolvimento científico do Brasil?

Certamente que sim. A solução para a questão da inclusão de pobres, especialmente pobres negros, na cadeia produtiva num nível mais elevado não está no estabelecimento de cotas, mas no oferecimento de condições para que todos, ricos, pobres, brancos e pretos, homens e mulheres, crentes e ateus, possam se capacitar para levar adiante um curso superior com nível elevado de exigência, como todos têm que ser. Não é admissível que um profissional de nível superior tenha uma formação sofrível e isso seja aceitável. Quem se submeteria a uma cirurgia feita por um médico que só saiba 60% do que precisaria saber e, mesmo assim, ganha o seu diploma? Todos os cursos de nível superior têm que ser muito exigentes e não dar diploma para incompetente nenhum. Com o sistema de cotas acaba-se admitindo a possibilidade disso, senão o índice de reprovação e abandono seria elevadíssimo. Há que se apertar e não afrouxar a exigência para tornar o Brasil um país evoluído. Em todos os níveis de ensino. Democratizar não significa facilitar. Sou uma pessoa completamente igualitária, mas não admito condescender com a incompetência. Nem como a preguiça. Preguiçoso e incompetente tem que pastar mesmo. Até aprender.

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