segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quando o senhor era universitário, como fazia para estudar física, matemática e ainda dar tempo de ler sobre filosofia, história, psicologia etc? Me sinto meio perdido as vezes, com dificuldade de foco.

Bom, naquela época eu já lecionava de dia, umas 30 aulas por semana e estudava à noite. Meu segredo era assistir as aulas de forma totalmente interativa, de modo a não sair de nenhuma sem ter entendido tudo. Então eu quase não precisava fazer exercícios, pois qualquer um que aparecia eu resolvia, já que sabia muito bem a teoria. Considerando que eu assistia umas 30 horas de aula por semana também, dormia umas 50 horas e gastava umas 20 horas com a manutenção da vida, me sobravam quase 40 horas por semana para lazer, leitura, estudo e o resto. Uma média de mais de 5 horas por dia. Era suficiente até para corrigir provas e preparar aulas. Outro segredo é não ficar descansando muito, bem como não desperdiçar tempo. Descansa só na hora em que dorme. Não havia internet e eu quase não via televisão, exceto bons filmes e documentários. Quando comecei a namorar eu já estava no quarto ano da faculdade. Como morava no interior, quase não dispendia tempo com locomoção. Mas para quem gasta tempo com isso, pode aproveitar esse tempo para ler. Aliás, sempre andei e ainda ando com um livro na mão para aproveitar os tempinhos de espera em qualquer lugar. Mas também é bom ficar observando as pessoas e fazendo conjecturas. Não basta ler muito. É preciso também pensar muito. Pensar é a segunda coisa mais gostosa de se fazer na vida.

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