sexta-feira, 15 de setembro de 2017

A moral é algo completamente dispensável quando somos éticos?

Sim. A moral é um conjunto de normas que estabelecem o que uma pessoa não possa, possa e deva fazer em um dado lugar, dada época e dado estrato social ou grupamento. Ela é acompanhada de sanções para o não atendimento de suas proibições ou prescrições (mas não para as permissões). O ideal é que a moral sempre acompanhe a ética, que é que estabelece o que seja certo e bom ou errado e mau. Se todo mundo for perfeitamente ético, não é preciso haver moral nenhuma, e nem leis, porque todo mundo sempre, porque quer, só fará o que seja certo e não fará o que seja errado. A moral, então, só existe porque a sociedade não é, realmente, civilizada e as pessoas não são, todas, do bem. Então é bom haver moral. O problema é que, algumas vezes, o que a moral determina está em contradição com o que a ética estabelece. Nesse caso é preciso se contrariar a moral e, inclusive, provocar um grande protesto para que a moral seja mudada, de modo a passar a ser ética. A razão de acontecer isso é que a moral é instituída por quem detenha poder sobre a população e, então, estabelece o que seja conveniente para que a situação de poder desfrutada não seja abalada. Todavia a população, em conjunto, é capaz de reverter a situação e tirar o poder de quem o detenha de forma ilegítima ou despótica. Esses são casos em que uma revolta se justifica. Como aconteceu com a Revolução Francesa ou a Revolução Russa. Porém, várias vezes, as revoluções apenas substituem um grupo de poder por outro que continua a exercê-lo de forma despótica e ilegítima.

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